quinta-feira, 30 de julho de 2009



V ã o s


desvão
onde escorre
esconde
consome
história escondida
em prece maldita
a rota vivida
a sede perdida
cavuca
cavuca
mas teme dizer
do brilho passado
em vão a esconder
mais um e mais um
os fatos não somem
a vida belisca
sacode a canção
na tela a tinta vermelha
escorre
nos vãos uma vida
se apaga
[e morre



Eliana Mora, 25/7/2009

2 comentários:

  1. Tão belo quanto triste, pode ser visto como um lamento, um grito, um desabafo ou como uma simples contestação do destino certo de todos nós... Depende dos olhos de quem lê. Lindo poema, El!

    Beijos muitos

    Ada

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  2. De repente nem sabemos dizer os 'atam e dasatam' de nossos próprios enredos; é isso, é o que disseste, é tudo, Ada...

    beijo, carinho
    El

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Minha poesia agradece.

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