
Poder enxergar além do belo
com olhos fixos
na tela desgastada
num pedaço de pano de atadura [de algodão, imagino]
vejo aparecerem figuras meio distorcidas
assim, pendendo para um lado, para outro,
para trás
polichinelos coloridos, saltitantes
de um palco que não há
poderia ser um deles,
por certo que sim
e por que não achar que o belo pode estar ali
justamente no que pende
no que vira
ou no que cai?
porque não tem espaço certo?
minha alma não possui
[assim como nenhuma]
a perfeição dos riscos de um esteta
mas isto nem importa
de verdade o que importa nela
é o que guarda
o que emana
o tipo de 'substância' que derrama ao ouvir algum
chamado
nada de perfeições
retoques maquiagens
fantasias
[ela que nos seja simples e fiel
e que por trás dos pequenos estilhaços nessa tela
possa ela nos ver
e delicadamente sempre ser
a prima-irmã de nossa consciência
viva
deusa dos céus na Terra
por todo o nosso Sempre
[inteira
Eliana Mora, 30/03/2010
Bela poesia Eliana, muito interessante.
ResponderExcluirGrande abraço e sucesso!
Fico feliz tenhas vindo, Evandro.
ResponderExcluirObrigada, e abraços também!
é uma série
ResponderExcluirde procedimentos
inter
ARTE
me agrado
a/grado
ResponderExcluirguardo,
Bardo