terça-feira, 26 de junho de 2012

Quase um branco de Céu


 

 Quase um branco de Céu

 
 
Quase nenhuma flor nos arredores do olhar
 de repente
um céu com a brancura de um completo, inteiro e solitário
pedaço de papel
sem dobras nem letras
sem marcas de tempo ou algo assim que
o caracterizasse
 
Apenas um céu perdido ali
em fatias
entre nuvens que se acharam
se juntaram
e explodiram em copiosa chuva
 
Um céu de Saramago: branco,
a nos cegar de tristeza.
 
 
 
©Eliana Mora, 10/05/2010
[do Baú]

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