quinta-feira, 19 de julho de 2012

Anestesia






Anestesia


a rota dos sons caminha
se espalha pelos longos mormaços
nos vales à espreita
se espraia se deita
adere qual pernilongo à chama
de qualquer vela
e termina por penetrar
quase fria
nos cantos dos contos
das fadas
aninhando-se à pouca luz
de um quase
adormecer.


Eliana Mora, 18/7/2012

2 comentários:

  1. El, você poetiza aqui com Anestesia uma percepção da vida. Viver geralmente dói, e não há vivente que não experimente isso. Não é dor nenhuma que nos faz querer viver, o que realmente queremos e muito. Quer dizer então que a vida tem mais a oferecer. Talvez essa rota aí, com sons anestésicos.
    Muito bem, beijos.

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  2. É impressionante teu sentir, tua 'visão' do poema.
    Para mim -, uma 'dor' boa, como as que conseguiste "ver"...


    beijo,
    El

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Minha poesia agradece.

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