sábado, 6 de maio de 2017

Sem endereço, sem destino, sem porquê


Sem endereço, sem destino, sem porquê



Onde estará minha alegria?
Um pouco acima da linha do Equador?
Do lado de lá das Tordesilhas?


Para onde levo um pouco da energia
que atravessa todos os portais
e esbarra num muro 

transparente
vazio  
delinquente

porque de mim herdou 
alguns dos sais?

Extravasar.
Não é um verbo bonito
não é nada delicado
nem muito menos 
romântico

mas é isso que sinto ser preciso 
procurar.

Extravasar.

Jogar longe todas as tristezas
de um só tapa

[no mesmo lugar]



Eliana Mora, maio/2017

Um comentário:

  1. Oi, Eliana,

    Saudades deste teu espaço...

    Muito sensível este seu extravasar...

    Abraço do Pedra do Sertão,

    Araceli

    www.pedradosertao.blogspot.com.br

    ResponderExcluir

Minha poesia agradece.

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