terça-feira, 10 de março de 2020

Sempre um quase a mais


 Sempre um quase a mais



Gotícula branca
quase um mar reduzido a quase nada
a cair
serpenteando
de olhos enigmáticos
tristes

gotícula
do oceano que sobrou
daquela água toda
daquela esperança vadia
meiga doce
e quase vazia [de conexões

via de qualquer modo
meio a caminhar

gotícula branca
quase dia-noite
quase a se quebrar
quase a tatear aqui e lá
para fugir daqui
e finalmente render-se
cair

[mas sem se entregar]



Eliana Mora, março/2020

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Minha poesia agradece.

Aprendizagem

  Aprendizagem Abraços e pernas dançam no ar e ao mesmo tempo vibram rente ao chão. Assombro...