terça-feira, 28 de julho de 2009
Que sobrevivam os textos às pedras
ainda um texto líquido
que de repente pode mover-se
arrastar-se ou pender
[qual pingo d'água
deitar-se à beira de um riacho
a contemplar sobras de algum dia muito claro
ainda líquido
penso que jamais será um texto com outra consistência
até porque nasce de dados bem antigos
e eles espiritualmente
tendem a manter a mesma densidade
líquido
porque teima a lágrima em rascunhar esses caminhos
nossos traços a sorver e a guardar
a umidade
que o tempo desafia
porém
porque textos teriam de se enrijecer?
tal consistência fica mesmo para as pedras
que irão sobreviver
[ainda que com outra geografia
a todos nós
Eliana Mora, 05/7/2009
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Eliana, nada de textos rígidos, pétreos. Líquidos, devem ser, sem dúvida. Parabéns. Estarei de volta. Sempre. Pelo prazer de ler sentimentos.
ResponderExcluirBeijo
Que as pedras façam o caminho ao porto e que as palavras saiam pra navegar. Aqui é um bom lugar. Beijo aí - PauloViggu
ResponderExcluiroi El!
ResponderExcluireu não sabia que você estava por aqui... bom te descobrir neste espaço.
beijo
E palavras? Surjam!
ResponderExcluirAgradeço, visito cada um para dizer que lindo, pessoas! Amei ver...
beijo, beijo
El
El, você continua inigualável!
ResponderExcluirBeijo da Tuca!
Obrigada, Líria!
ResponderExcluirEspero sempre revê-la por aqui!
beijo, El
Não sabes como foi bom te encontrar, Tuca, que beleza poder 'ouvi-la' de novo...
ResponderExcluirbeijão, obrigadão!
El