quinta-feira, 27 de agosto de 2009



Não há mais frutos tenros sob o sol



Flor de cactos a enfeitar os meus cabelos
dança estranha
canção de despedida
partículas de sangue escapulidas pelas veias
regam veios insensatos
derradeiros
sabores de antigos beijos agregam-se desordenadamente
a fluidos sensoriais que se espalham
por meu corpo
e como agulhas pontiagudas
latejam
a penetrar na superfície da improvável flor
atada a frutos ressequidos
perdidos

em antigo deserto



©Eliana Mora, dezembro/2007

9 comentários:

  1. perdidos, mas segurados pelo corpo. com voz e deserto de chuva.

    grande abraço
    jorge

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. a memória sobre a pele
    a memória no corpo

    Um abraço.
    Jefferson

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  4. Há unhas do tempo em nós, nessas horas desorde nadas. PauloViggu - Riodaqui

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  5. Sim, cravam fortes, desencadeiam des/ordens...

    Obrigada, Paulo,

    abraços
    El

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  6. Bessa, a memória a que te referes jamais...falha

    beijo da
    El

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  7. um 'deserto de chuva'
    respira de novo a alma


    beijos, Jorge Vicente,
    gostei de ver-te

    El

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  8. Gostei muito de navegar neste espaço de tão belas palavras e sentimentos

    Parabéns
    Luis

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  9. e eu de que tenhas vindo aqui, Luis

    agradeço, repleta de 'poucas palavras' ;-)

    El

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Minha poesia agradece.

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