domingo, 10 de janeiro de 2010

Sabor das Pedras


Sabor das Pedras



Adoro saber das pedras
dos acúmulos
das coisas que se fartam de existir
de trespassar o tempo
de atropelar paisagens
mudar seu perfil
salvar
ater
ou apenas deixar-se levar
ou deixar-se morrer

adoro saber que um dia tu ficaste como pedra
frágil
parado
perdido
alado
a observar o tempo que vivi
para viver o teu amor

poder viver um outro tempo que não finda

e para (d)escrevê-lo assim
em versos úmidos
cálidos
vermelhos
só relembrando os morangos de Bergman

perfeita metáfora
de mim



Eliana Mora, 08/01/2010

11 comentários:

  1. poder viver um outro tempo que não finda
    a imortalidade existe no coração de quem Ama!

    Receba um beijo nessa face que olha a Vida de bem de frente!

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  2. Recebido
    enviado outro, novinho, só para ti

    El

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  3. Deixa um bom sobregosto, o poema.
    Das pedras.
    Tudo de bom pra você, El.

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  4. E como é bom saber que sentiste o gosto!

    Em dobro, com o obrigada

    da El

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  5. Oi, Eliana,

    Aprecio bastante as palavras que remetem às pedras. Como você pode ver em meu blog, sou uma mulher-pedra (rss...). Abraço

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  6. Realmente foi "certeiro"...já te vi, e gostei muito do que vi!

    beijos
    El

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  7. com todas pedras que me atiraram fiz meu castelo.

    Aceitei o parabens em meu aniversario mesmo depois da hora, pois o que importa não é a hora, mas o momento.

    bjssss

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  8. Sua pedra possui alma e, principalmente, poros...

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  9. por onde entram sensações
    onde a vida se perpetua

    beijo.

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Minha poesia agradece.

Aprendizagem

  Aprendizagem Abraços e pernas dançam no ar e ao mesmo tempo vibram rente ao chão. Assombro...