segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Amanhã, naquele mesmo horário


Amanhã, naquele mesmo horário




No silêncio
pequenas luzes quase opacas
dormem
em mim acordam dúvidas
assim meio modernas
desajeitadas como sombras de uma máquina que fala
[que chip levaste contigo?
penso
quase a acreditar que o futuro nosso foi agora
ou que sentia estarmos perto
de um encontro
ali
naquela praça
naquele banco
livro de poemas na mão

Mas espera
algo me diz que está faltando tudo:
eu
que cá estou a costurar pedaços de passado
tu
que nem ainda sabes para o que será chamado
o livro
que não tenho mais, já esgotou
a praça
que o metrô já perfurou

bem
marco encontro então com caminhos do meu fado
e trato de dizer alguns poemas
[que bem os sei]

de cor





Eliana Mora, 02/02/2010

Série Dedicadas

2 comentários:

  1. [delicadas as letras, que qual sopro entre o arvoredo que rodeia um horizonte alheio, tomam-se entre as mãos e deixam-se voar, para que toquem outros cantos de céus e céus]

    um imenso abraço, Eliana

    Leonardo B.

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  2. E todos os 'cantos' te ouçam

    beijo a ti,

    Eliana

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Minha poesia agradece.

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