quarta-feira, 7 de abril de 2010
Onde a terra não depende de semeio
Onde a terra não depende de semeio
minhas prisões são na verdade alguns jardins
réstias de sol e orvalho da noite
a brilhar na semi-escuridão
[de cheiros e caminhos
minhas prisões são quase como alguns rincões
onde se ouvem pássaros
seus ninhos surgiram de longas viagens
[a luas e horizontes
em minhas prisões não há traçados:
as trilhas que ainda possam desenhar-se
serão apenas frutos
[em vinhedos e aragens
de antigos
muito antigos sentimentos
muto, mas muito
trabalhados
©Eliana Mora, 20/07/2008
Revisitado e refeito em 07/04/2010
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Uma prisão que é alforria.
ResponderExcluirbjos
sim, Mai, absolutamente conquistada!
ResponderExcluirbeijo.
Para repetir Mai, prisão que liberta. Uma constante na tradição literária que se repete na minha poética e que brotou aqui, na tua - primorosamente.
ResponderExcluirComo se não fosse algo com que sonhamos, como se não fosse algo por que lutamos: que honra, 'dividir' a libertação com quem vive o tanto que vale a luta [sempre] por ela.
ResponderExcluirobrigada, beijo.
El