
Gotas e lâminas cortam sentimentos
são gotas ou são lâminas?
escorrem do meu rosto a me marcar a pele
antiga porcelana
são pedras alfinetes tempestades
desabam sem mais se segurar em nada
lâminas
navalhas que me cortam
e não enxergo muito bem
como se a enchente fosse agora eu mesma
rumo a um destino nem pensado
[e a vida se resume a um só dia?]
como gotas diluídas pelo chão
sou pedaços de verbos
rimas não usadas
mar aquele mar da descoberta
que no princípio faz que tem a data certa
mas chega sem aviso
e estraçalha a pedra e o pó
não sei do tempo
travesti-me de horas liqüefeitas
que escorrem uma a uma nos relógios do mundo
todos até me olham quando em vez
porém eu mesma
não me vejo pronta
ando dividida e costurada
pano de retalho preso n'alma ardente
solo interno a ladrilhar esperas
pela luz brilhante luz
da madrugada
Eliana Mora, 29/11/2006
poema do Baú
o tempo parece rarefeito, mas ele dá pontos quase imperceptíveis na alma.
ResponderExcluirfaz uma colcha de retalhos que protege do frio solitário das madrugadas luminosas.
ponteia
ResponderExcluirclareia
[ajuda?!
Fica a fazer-te companhia poema que leste :) Bjs
ResponderExcluirTEUS VERSOS
a paz é um lugar maravilhoso
onde me sento a ler
teus versos
Assim
e aproveito a viagem para dizer
ResponderExcluirque boa carona
sentei-me, e senti a paz
[também aqui]
beijo.