Para encontrar a música de tuas carícias
preciso conhecer tuas carícias
fonte de águas doces
gosto de cerejas
preciso sentir que tua voz não desapareceu
com tua música
não se escondeu na luz de um quadro de Rembrandt
e não voou atada às crinas de um cavalo
para distante reino
[como se atrás de luzes fortes de algum quadro
houvesse a todo instante
algum perigo]
procuro ainda hoje tuas mãos
ó príncipe da beleza
ó deus antigo
só para saber da tua pele fina a me tocar
maciez adulta de um homem que da vida escapou
por vãos reinventados
elegante som de um riso que cativa
já quase descolado das recordações
de mim
minha tez ainda aqui a pressentir teu toque
angústia doce
de momento pleno
independe do desfecho que virá
pois em ensaios já se deu milhões de vezes
amou-te tanto quanto pode
o amor
amar
Eliana Mora, 26 de junho/2007
Série Dedicadas
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