quarta-feira, 11 de julho de 2012

Já nos atinge o tempo dos sensores




Já nos atinge o tempo dos sensores
 
 
 
Um grito sussurrado cresce
na casa vazia
braços esbarram um no outro
sem se aperceber
a escuridão interroga
mas não ouve resposta
os choques são mais fortes
os poros [antes sensíveis]
estão endurecidos: não percebem
mais as sensações.
 
Não,
não é cena de filme de ficção:
mas o retrato possível de um ser
do nosso tempo.
 
 
 
Eliana Mora, 05/7/2012

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