domingo, 23 de agosto de 2009


Preciso de amor



Eu sou aquela
de quem a xícara branca
cai das mãos
e deixa transbordar a borra do café
e no rascunho deformado vê
o silêncio dos caminhos semeados

Vida a empurrar a mesa
os dados
para algum futuro já de fato desenhado
dividido
e compensado
pelas linhas coloridas
inspiradas

Linhas de poemas
muitas linhas dedicadas
a um tipo de mistério

que se encaixa numa tábua
de xadrez



©Eliana Mora, 19 de maio de 2002
[Baú]

14 comentários:

  1. Querida, é sempre muito gostoso visitar seu espaço, e acabo de lincá-lo ao meu blog. Beijos, muitos, Leila

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Querida El! É um bálsamo para a alma a leitura de um bom poema, coisa que sempre encontro aqui.

    Beijos mil e uma semana abençoada

    Ada

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  4. Que bom, Leila! Tua companhia poética e tua amizade são fundamentais.

    beijos a ti
    El

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  5. Aqui o lugar é teu:
    que venhas sempre 'banhar-se' nele.

    Beijos, Ada

    El

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  6. Lindo poema! a relação entre a vida-poema e os jogos é interessante, esse empurrar a vida é triste, mas como você o compensa com seus versos, torna-se válido ;) abraço!

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  7. Oi, Rafael, esse 'mpurra' a vida existe aí, mas é um 'quase'. Se a "vida empurra a mesa e os dados' caem etc, fica meio 'tudo recomeça'...

    Adorei poder receber tua visita, te conhecer.

    beijos da El

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  8. Belo poema!
    Linkarei você no meu blog.
    Obrigado por comentar e seguir.

    bjs
    Cidadão das nuvens

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  9. Oi, Renato

    Obrigada, que bom!
    [bom poeta a gente 'segue'...]

    beijos,
    El

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  10. Muito bonito seu poema, Eliana. Adoro a lembrança da borra do café...isso é bem forte. Parabéns!
    um abraço,
    Araceli Sobreira

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  11. Mas que legal, Araceli. Decerto é uma imagem especial, que 'nos pega'...

    Agradeço tua visita, e tuas palavras.

    beijo!
    El

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  12. ..Eu sou aquela de quem a xícara branca cai das mãos....
    O poema começa com essa imagem simples e vai como artérias e veias fazendo árvores no ser...
    ..Parabéns por esse plantio belo adubado por café!

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  13. Pois é...todos nós somos esse 'simples-complexo', muitos, muitos troncos e raízes...

    Obrihgada pelas palavras!

    beijos,
    El

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  14. Que poema sem igual,genial, certeiro como a flexa que se lança em derradeiro, querendo acertar o centro e acertando...

    Parabéns pelo blog, em tempo vou ler-te com a devida calma...

    Márcia Magalhães

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Minha poesia agradece.

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