terça-feira, 13 de julho de 2010

Em tudo, sempre, Poesia



Em tudo, sempre, poesia



jamais me recusei
queria sim aprender
fazer vibrar em minha vida as mesmas notas
dos pássaros que ouvia em seus ensaios
sob as árvores em que [tempo havia]
descansei

jamais me recusei
nunca mesmo pensei em não me dar
doei-me como pude
estratégias confesso não as tinha
não era uma mulher de estratagemas

palavras sim
palavras sempre usei
palavras são sempre sentimento e poesia
e para mim era tão natural ser poesia
que a incorporei
na mente
no corpo
nos vincos da alma

fiz dela o elo elemental
entre meu ser

e a Vida




Eliana Mora, 1982

Resgatado e reescrito em 13/7/2010

6 comentários:

  1. a poesia está no cerne daquele que se deixa seduzir pela beleza que habita o mundo, com a pureza de uma criança.
    respiras poesia desde há muito!
    bjs.

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  2. desde os 5 anos [meu pai era poeta.
    beijo

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  3. Esse elo aqui é evidente. Antes, agora, adiante, em permanente novelo.

    Abraços.

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  4. sim, se mantém
    se renova
    na memória, no sentimento

    beijo.

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  5. E se fosse possível partilhar a emoção contida num poema sem a necessidade da palavra!?

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  6. E quem nos disse que não pode ser possível?
    [?]

    bom te ver...

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Minha poesia agradece.

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