segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Das cinzas de um rascunho antigo


Das cinzas de um rascunho antigo



arrastar-se por entre cinzas
para descobrir pontos ou migalhas
algum hieróglifo

um dia
deitava-me eu no teu colo
faz carinho faz, no meu cabelo
não sei por quanto tempo
até que um sinal elétrico passeie pelo corpo

(a)cerca-te de mim
sim, porque eu quero muito mais
uns longos dedos no toque suave
a cerca eletrificada

e segue na poeira teu amor
[que a vida quis]




Eliana Mora, setembro/2010

6 comentários:

  1. arrastar-se por entre cinzas
    para descobrir pontos ou migalhas
    algum hieróglifo

    um dia
    deitava-me eu no teu colo
    faz carinho faz, no meu cabelo
    não sei por quanto tempo
    até que um sinal elétrico passeie pelo corpo

    Versos perfeitos...

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  2. [e terá o corpo percepção da sua própria poesia? a derme textual de vida...]

    um imenso abraço,

    Leonardo B.

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  3. Fiquei feliz de ver-te aqui, e com tão gentis palavras...apareça!

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  4. sim; sua poesia (a do corpo) acorda em seu pensamento, sensação básica.

    beijo a ti.

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  5. Imagino hierógrifos na pele da amada, sinto uma descarga elétrica, sinto-me flutuar, em êxtase de amor.
    Sensações que a sua poesia provoca, Eliana.
    Beijo.

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  6. não fosses quem és, J.C., mas és; e digo: que bom ouvir!

    beijo.

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Minha poesia agradece.

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