quinta-feira, 7 de julho de 2011

Boneca de Cera

Boneca de Cera



Ao derreter-me ali sob teu corpo
a escorrer de mim qual vela
a arder no fogo
vivifiquei-me em ti
pedaços meus em gotas
a doar bagaços
de uma luz aleatória
e ambígua.

E no entanto ainda eu: tanto para a morte
quanto para a Vida.



Eliana Mora, 11/11/2008

12 comentários:

  1. e ainda eu: a me liquefazer diante de tamanha construção!

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  2. do poema... ou da mulher do quadro??

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  3. da poeta, do poema e da fonte de inspiração...
    Gosto muito dos seus escritos; pena que o nosso tempo nos priva do tempo de apreciar o tempo da poesia. Mas, quando o tempo passa, eu passo por aqui. Beijos...

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  4. Não te preocupes!
    Assim está OK, sem data, dia, hora...

    beijo.
    El

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  5. tem como se apreciar
    aos quandos
    como uma trova a nos encantar
    : versos unos, tão completos
    desmistificando o feitiço
    das esperas
    das ilusões
    todas as que nos aproximamos
    vivendo o poema
    assim, na calma dos dias lidos
    na serena ambiguidade que a Alma alimenta.

    --

    gostei imenso deste teu poema
    acrescenta sempre mais ao que o Homem espera
    : a poesia em cada dia,

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  6. Agradeço, e me sinto muito bem em 'sentir' tua alegria, ó Drisph, deixo um abraço!

    El

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  7. desmistificando o feitiço
    das esperas
    das ilusões
    todas as que nos aproximamos
    vivendo o poema[...]

    e nos vêem e sentem
    corpo e alma investidos
    de um poder, belo, diferente:
    o da aceitação, da dor, do prazer, do qualquer sentido que venha.

    beijos e obrigada, sempre

    El

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  8. que maravilhosa construção poética Eliana! beijos

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  9. assim sinto
    a força dela, a me amparar

    beijo, El

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Minha poesia agradece.

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