terça-feira, 11 de outubro de 2011

Eterno Retorno

Eterno Retorno



pedras parece que dizem o que penso
ou que ao menos
pensam

deito-me à sombra calada
cálida brisa em minha própria sombra
que reclama o som de eternidade nas pedras
[mas sinto que há

porquê não o caminho de ida e de retorno?

calo-me então - como elas
meu pensamento dança
retoma estrada que começa ali
na antiga era do amor sem fim
basta-me isto

o retorno à vida ancestral e submersa
num rio curioso lacrimoso
quase perdido navio

âncora
útero de mãe



Eliana Mora, 2006

4 comentários:

  1. Eliana,

    a vida foi muito bem desvelada por vc.

    Acredito nesse círculo de evolução interminável.

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  2. Poesia sublime, linda e muito bem escrita!
    Grande abraço e sucesso!

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  3. Pois é, Nanini, eu também.
    As tramas [por vezes] as percebemos depois de vários e vários 'enredares'...

    abraços e beijos
    El

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  4. Caro Mezadri, por tudo meu agradecimento,

    ela [a Poesia']
    parece ter nascido aqui dentro, comigo.

    abraços!

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Minha poesia agradece.

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