Memórias,
ausências e pincéis
seu vestido azul
era longo, largo
nele havia sutilezas
plumas de pavão
desenhos ton sur ton.
Estava escondida
respiração contida
vontades meio apaziguadas
silenciosas:
no fundo da tela seus olhos
deitados no rosto sincero
delicado.
O desejo bem poderia se esconder
por trás do seu vestido;
mas o pavão, suas plumas,
lhe davam ares muito fortes
- de vaidade.
E o que mostrava o seu corpo delicado
era uma certa agonia:
muito, mas muito maior
do que uma velha, tradicional
ansiedade.
Eliana Mora,
30/4/2012
[faz de volume a forma, e na palavra
ResponderExcluirrefaz-se vida, como uma pele
sobre a pele da palavra.]
um imenso abraço, Eliana
Leonardo B.
Querido Leonardo
Excluir"refaz-se vida" ao criar algo que provoca a sensação quase tátil, e interna -, sem nenhuma dúvida.
E a ti, mais uma vez agradeço as belas palavras,
beijo, El