sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Na escrita o amor que jamais aprendi




Na escrita o amor que jamais aprendi



Como?
como riscar de forma transparente
a frase que não posso repetir?
cinzelada se eterniza, escrita permanece
como que a guardar o que jamais pude dizer
ou melhor
como que a endeusar a beleza dos sons
que jamais deixara escapar
com tanta naturalidade
pois que seja!
escrita
falada
pintada à mão
fotografada
semeada a milho pelo chão
alada
fechada num gravador de fita à prova d'água
seja!
um dia teria de dizer teu nome
e jamais [agora sei]
me arrependerei de tanto estar ali
parada no tempo para (re)viver o amor
que não vingou
arqueado
antigo
simplesmente guardado
em meu amor.



©Eliana Mora, 17/02/2009

Um comentário:

Minha poesia agradece.

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