terça-feira, 17 de agosto de 2010

C Â N T I C O


Cântico



Depois da perplexidade
do vazio
do cansaço
surge uma certa inocência
de que amanhã
tão logo amanheça
possa eu abrir os olhos
e permitir que a Primavera
me preencha

E que a luz embaçada
que se gruda às minhas córneas
fique translúcida
clara

e eu possa voltar a enxergar


Sou uma alma sentida
sou uma flor


[e isso é Vida]




©Eliana Mora, oito de novembro de 1998

In: Mar e Jardim

2 comentários:

  1. Sempre o mesmo sonho do amanhã, não é El ?

    Gostei, muito.

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  2. Pois é, Fernanda...o poema é meio antigo - mas tua afirmação é.....atual [?!]

    beijo.
    El

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Minha poesia agradece.

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