sábado, 20 de novembro de 2010
A criação de um novo eu
A criação de um novo eu
Se não posso acalentar o teu sorriso
se não posso tornar teu meu coração
a massa de moldar de que sou feita
vai aos poucos
bem aos poucos se firmando
e acaba por ficar como a do pão
maleável, saborosa forte e bela
para quem sabe enxergar por dentro dela
e tem ainda o poder de imaginar
o que é parte crucial da formação
de um mundo de uma vida
do milagre da transformação
da anistia que se dá ao próprio corpo
da fome, da beleza e da canção.
isso tudo para estar neste planeta
aprender alguma coisa com o passado
não sentir que até precisa andar de lado
para ser despercebido por alguém.
sofrer na carne levar socos e ainda se salvar
na verdade [pense bem]
não é de fato somente para o trigo
para nós que já nascemos sem saber nosso destino
ser sovado quando a busca é por um gesto de carinho
pode ser mesmo a lição que nos completa.
pode ser mais: a marca que a nós faltava
de uma vida, de uma estrada
de um caminho.
©Eliana Mora, 20/11/2010
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ResponderExcluirpra se salvar e
fazer de tudo poesia
é preciso ter muita beleza na alma...
Eu diria que a sua alma tem a beleza. Não lhe falta quase nada. Salvo salvar a humanidade, essa impossibilidade.
ResponderExcluirBeijo.
fazer de tudo poesia seria fácil?
ResponderExcluir[a salvação de um 'dentro' passa também pela tempestade]
beijo, Marcia
Imensa.
ResponderExcluirPara a qual contribuo; jamais o pretenderia...
beijo, JC.
Oi, Eliana, adoro passar por aqui, sempre algo 'sensível' para ler. Abraço. Araceli
ResponderExcluire EU QUE PASSES!
ResponderExcluirGrata por tudo, Araceli
Beijo, Eliana
Eliana, você vai fundo na demonstração deste seu sentir apurado. Indagadora, você vai colhendo flores e lágrimas e compondo a vida.
ResponderExcluirBjos
Querida MHelena
ResponderExcluirAs formas de lidar com o que se nos apresenta...e seguir...tentar...
grande beijo
El