A natureza incerta dos desejos meus
gotas de desejo recolhidas de manhã
possuem traços de beleza meio estranha
suaves, são ao toque como renda
quase imperceptíveis quanto algas
lembram também as margens de um rio
que se alteram com a chuva intermitente
e vão ficando levemente sinuosas
desejos meus podem ser vistos como restos
de um adeus
podem ser partes de um passado que se esconde
ou faces de um narciso
[quase mito de si mesmo
na verdade esses desejos são tesouros escondidos
meio reféns
de um amor pouco vivido
dormem há anos em um cofre sem segredo
junto a algumas flores secas
e poemas
que dizem tudo aquilo que aqui
não digo
não digo
©Eliana Mora, 02s/12/2007
[Baú]
[Baú]
esta tua poesia disse muito ao meu coração! beijos
ResponderExcluirTua 'passagem' por aqui sempre alegra o meu, Lá.
ResponderExcluirbeijo,
El
Olá, Eliana,
ResponderExcluirPassando para ver sua delicadeza em versos! Abraço. Araceli
Um bom astral no meu dia, Araceli; meu carinho a ti.
ResponderExcluirEl
Oi Eliana,
ResponderExcluirFica sempre o sabor, o gosto de quero mais na alma ao 'saborear' a leitura dos teus versos.
Parabéns, poeta.
bjs/Madá.
Cara Madá
ResponderExcluirQue bom saber; sempre bom também recebê-la por aqui.
beijo. El
Oi Eliana
ResponderExcluirUm poema suave lindo e delicado refrescando minha memória nesta manhã.
Tudo de bom
Mil beijos
Mil cores
Iracema
ResponderExcluirMelhor o que há, se não uma 'viagem' a ela [memória]
- momento feliz, em cenário de escolha nossa...
obrigada e beijo,
El